Além da construção do Açude Açu, as autoridades do regime civil-militar de 1964 ofereceram também outros incentivos para o desenvolvimento da fruticultura irrigada no Vale do Açu/Mossoró, o que atraiu para a região empresas agroindustriais, de insumos e de assistência técnica. Tudo isto contribuiu para a modernização da agricultura e para o desenvolvimento econômico do Estado.
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A exploração da fruticultura no Rio Grande do Norte se reveste, portanto, de grande importância econômica e se viabiliza por um conjunto de fatores determinantes e inter-relacionados […] Ressaltando-se que o grande destaque da produção de frutas irrigadas na economia do estado foi a sua possibilidade de integração com o mercado nacional e articulação com a economia mundial.
A partir da década de 1980, a produção de frutos tropicais na região do Vale do Açu, no Rio Grande do Norte, tem ocupado uma posição de destaque na exportação de frutos nacionais, reconhecido hoje como o pólo de produção de frutas irrigadas detentor de uma intensa área de modernização da Região Nordeste. O principal produto de exportação da fruticultura irrigada do estado é o melão, responsável por cerca de 90% da produção nacional exportada em 2000. Outros produtos também se destacam como: manga, uva, banana e melancia.

Fonte (citação): Considerações sobre agricultura irrigada no Vale do Açu e os impactos sobre o mundo do trabalho, de Jaime dos Santos Silva e Franciclézia de Souza Barreto Silva, publicado na Revista da ABET de Jan/Jun/2006.